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Propulsores Mandibulares


A má oclusão de Classe II

A má oclusão de Classe II é uma das mais presentes no dia a dia da ortodontia, acometendo cerca de 40% dos pacientes na faixa etária de 12 anos.

Existem diversos tipos de má oclusão de Classe II. Ela pode ocorrer por diferentes problemas de crescimento nos ossos (maxila e mandíbula) e/ou no posicionamento dos dentes (superiores e inferiores). Normalmente na Classe II  os dentes anteriores superiores ficam inclinados para frente, e os inferiores para trás, ficando uma distância entre os dentes superiores e inferiores, o que chamamos de “ trespasse horizontal ou overjet”.  Normalmente, os incisivos superiores devem estar apenas 1 a 2 mm na frente dos inferiores.

É comum que a  má oclusão de Classe II se manifeste precocemente, prejudicando não só a estética, mas também algumas funções essenciais, como a mastigação, a deglutição e a fonação. Infelizmente, a Classe II tende a se agravar com o passar dos anos, aumentando o  “overjet”, devido a uma retrusão dos incisivos inferiores e protrusão dos incisivos superiores, ou seja, a Classe II não se autocorrige.

Tratamento da retrusão mandibular:

O tratamento da Classe II varia conforme a etiologia, a idade do paciente, e o estágio do desenvolvimento da dentadura.

Se o problema for a falta de crescimento da mandíbula, a indicação será de um aparelho (funcional) para estimular o crescimento mandibular. Antigamente, indicava-se o pico do surto de crescimento puberal para começar o tratamento, o qual acontece em torno dos 10 a 12 anos nas meninas, e dos 12 a 14 nos meninos. Hoje, dependendo do problema, a literatura indica o começo mais cedo, por volta dos 8 anos.  Os pacientes com melhor resposta são os meso ou braquifaciais (rosto quadrado) com mordida profunda.

Os pacientes que já completaram seu crescimento, e que apresentam uma  desarmonia esquelética muito acentuada, de maneira que impossibilite o movimento dentário (retração superior ou protrusão inferior) necessário para eliminar o trespasse horizontal e permitir um resultado estável ou estético (facial), nos leva à cirurgia ortognática,  associada ao tratamento ortodôntico.

Há vários tipos de aparelhos funcionais para corrigir a Classe II. De forma geral podemos dividi-los em móveis e fixos. Devido a falta de colaboração das crianças na utilização dos aparelhos móveis, utilizamos preferencialmente os aparelhos funcionais fixos.

Aparelho de Herbst

O aparelho de Herbst tem como objetivo estimular o crescimento da mandíbula, levando-a para a frente. Seu mecanismo  é composto por um sistema telescópico, que tem um tubo superior e um pistão inferior e, deve ser utilizado por um ano. Existem vários tipos de Herbst, o mais utilizado é o que está na ilustração abaixo.              O aparelho não interfere na abertura e no fechamento da boca nem na mastigação. Na primeira semana, o paciente terá dificuldades  para se alimentar, pois devido à força do aparelho, ocorrerá um aumento de sensibilidade nos dentes ou na musculatura facial. Qualquer analgésico pode ser utilizado para aliviar a dor. Após alguns dias, ele estará apto a se alimentar satisfatoriamente, devendo evitar alimentos duros ou pegajosos. A parte interna da bochecha ficará irritada até que a mucosa se torne mais queratinizada. Uma pomada como Omcilon A, em orabase, pode ser útil. Após alguns dias, o paciente achará que esse é um aparelho fácil de ser utilizado.

 

Aparelho PowerScope

Já o aparelho PowerScope é um poderoso propulsor mandibular, e também serve para o tratamento da má oclusão de Classe II. De instalação simples e confortável para os pacientes, o PowerScope atua mais nos dentes, enquanto o Herbst atua mais no crescimento ósseo. Portanto, o Herbst é empregado mais em crianças em fase de crescimento, e o PowerScope é mais utilizado em adultos, e é o mais moderno propulsor da atualidade.

Muitos pacientes adultos que possuem retrusão mandibular, e possuem a indicação para o tratamento cirúrgico, preferem não fazer a cirurgia ortognática. Nesses casos há a possibilidade de um tratamento compensatório, seja com a extração de pré-molares superiores ou com utilização de propulsores mandibulares fixos. A extração do pré-molares superiores com retração dos incisivos superiores têm grande chance de resultar no achatamento do perfil, principalmente nos casos que apresentam um ângulo nasolabial normal e um grande overjet. Nesses casos prefere-se utilizar um propulsor fixo como o PowerScope, que vai distalizar (empurrar para trás) um pouco os dentes superiores e mesializar (empurrar para frente) os inferiores.

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